11.29.2002

Cala a boca Magda!

Eu tento, algumas vezes consigo, outras não. O pior é que tem gente que nem tenta e perde boas oportunidades de ficar quieto. Não pensa nem meia vez antes de falar... e sem estar breaco para ter como alibi.

11.27.2002

Playing on my stereo

Essa é clássica. No site deles tem monte de coisa pra download,

HIPPIES HATE WATER
Mucky Pup - Now
Lyrics & Music: D. Nastasi

I'm just a man, Dan's got a future,
with a fast picking hand,
but my brother,
my brother, like my mother,
they're living back,
in the dead head fad,
well don't be sad,
they may be upgly,
but they're not that bad,
their only faulter is that they hate water,
and water is something you gotta have,
hippies hate water,
one day I found,
myself driving, myself around,
and the I saw 'em,
like a herd sheep callin',
"Gimme a ride to the Dead show man",
well don't be sad,
they may be smelly,
but they're not that bad,
their only faulter is that they hate water,
and water is something you gotta have,
hippies hate water.

Playing on my stereo - Tem uma batida beeem legal.

FAST AS YOU CAN
Fiona Apple - When the Pawn Hits The...

I let the beast in too soon, I don’t know how to live
Without my hand on his throat; I fight him always & still
O darling, it's so sweet, you think you know how crazy
How crazy I am
You say you don’t spook easy, you won’t go, but I know
And I pray that you will
Fast as you can, baby run-free yourself of me
Fast as you can

I may be soft in your palm but I’ll soon grow
Hungry for a fight, and I will not let you win
My pretty mouth will frame the phrases that will
Disprove your faith in man
So if you catch me trying to find my way into your
Heart from under your skin

Fast as you can, baby scratch me out, free yourself
Fast as you can
Fast as you can, baby scratch me out, free yourself
Fast as you can

Sometimes my mind don’t shake and shift
But most of the time, it does
And I get to the place where I’m begging for a lift
Or I’ll drown in the wonders and the was
And I’ll be your girl, if you say it’s a gift
And you give me some more of your drugs
Yeah, I’ll be your pet, if you just tell me it’s a gift
Cuz I’m tired of whys, choking on whys,
Just need a little because, because

I let the beast in and then;
I even tried forgiving him, but it’s too soon
So I’ll fight again, again, again, again, again.
And for a little while more, I'll soar the
Uneven wind, complain and blame
The sterile land
But if you’re getting any bright ideas, quiet dear
I’m blooming within

Fast as you can, baby wait watch me, I’ll be out
Fast as I can, maybe late but at least about
Fast as you can leave me, let this thing
Run its route
Fast as you can

Classy things to say when stressed

Direto daqui


"Okay, okay! I take it back. Unfuck you!!!"
"How many times do I have to flush before you go away?"
"This isn't an office. It's HELL with fluorescent lighting!"
"I pretend to work, they pretend to pay me."
"YOU!! ... Off my planet!!!"
"Practice random acts of intelligence and senseless acts of self-control."
"And your cry-baby, whiny-assed opinion would be...?"
"I'm not crazy. I've been in a very bad mood for 30 years."
"Sarcasm is just one more service I offer."
"Do they ever shut up on your planet?"
"Back off!! You're standing in my aura."
"Don't worry. I forgot your name too."
"I just want revenge. Is that so wrong?"
"Nice perfume. Must you marinate in it?"
"Wait... I'm trying to imagine you with a personality..."
"Chaos, panic, and disorder... my work here is done."
"You look like shit. Is that the style now?"
"Earth is full. Go home."
"Aw, did I step on your poor little bitty ego?"
"I'm not tense, just terribly, terribly alert."
"If assholes could fly, this place would be an airport."

Lauryn Hill's unplugged

"We compare ourselves amongst ourselves, you know, that's not the standard.
You already are a standard, what are you trying to fit into a standard for?"

11.26.2002

[ As Mentiras que os Homens Contam, p. 54 - Luis Fernando Veríssimo ]

O que dizer?

Cinco coisas pra dizer quando seu filho menor chegar em casa e quiser saber o que é, pela ordem: contrato de risco, dívida externa e sexo.

   1 - Vá dormir!
   2 - Pergunta para a sua mãe.
   3 - Pergunte para a sua mãe e depois venha me dizer.
   4 - Contrato de risco é como se o papai mandasse você procurar minhocas no quintal e, como o quintal é do papai, você ficava com parte das minhocas e o papai com outra parte. Dívida externa é... como, que parte da minhoca. Tanto faz, 40% da minhoca para você e 60% para mim. Não, você não pode botar sua parte da minhoca no prato da sua irmã. Não sei como é que se descobre qual é a cabeça e qual é o rabo da minhoca, e não faz diferença. Está bem. Eu fico como os rabos. Esquece a minhoca! Dívida externa é como a mamãe pedir dinheiro emprestado para o papai para pagar a loja, depois pedir dinheiro emprestado para a sua avó - e sem me dizer nada! - para pagar o papai e pedir dinheiro do papai para pagar a sua avó, e ainda gastando a minha gasolina no vai-e-vem! Pode, pode botar sua parte das minhocas no prato da mamãe. Agora sexo é mais ou menos como contrato de risco e dívida externa, só que é fundamental saber onde fica tudo na minhoca. E vá dormir!
   5 - Escuta aqui, com que turma você tem andado.

Seu Pedro

Aconteceu com o Abrão um tempinho atrás. Como a gente vive num mundo diferente, pessoas são diferentes, as referências são diferentes. Como diria o Claus, cada um cada um.



- Será que estamos próximos? Já passamos por tantas porteiras que já desconfio que exista essa tal de Cachoeira dos Barbosa.
- Bem, pelas indicações do pessoal lá da estrada, era só seguir por esta estradinha de terra e chegaríamos lá.
- É. E o resto do pessoal, estão bem atrás da gente?
- Deixa eu ver...
Pelo retrovisor, lá vinha o outro carro por entre nuvens de poeira.
- Estão.
- Ótimo. Que tal perguntarmos para aquele senhor alí?
- Boa idéia.
No meio do caminho, bem numa bifurcação, um velhinho descansava sob uma velha árvore. Parecia atento e demonstrava a dignidade daqueles que viveram o suficiente para admirar cada pequeno e desapercebido detalhe de nossas vidas. Um belo quadro naquela tarde quente de domingo.
Paramos. Desci e fui em sua direção.
- Bom dia
- Bom dia
- O senhor conhece o sítio dos Barbosa?
- Como não?! É logo alí ao final da estradinha. Ela é estreita e um pouco mal tratada, mas com paciência vocês chegam lá.
- E a Cachoeira? O senhor recomenda?
- Bonita de dar dó! completou orgulhoso.
Baixou o olhar, e de forma graciosa, afastou com o chapéu a abelha que insistia em bisbilhotar a cesta de vime que descansava fielmente ao seu lado. E para acabar com a alegria do alado intruso, cobriu-a por completo com uma toalha xadrez engomada. A abelha, sem alternativas, retirou-se para outros ares, mas sem antes atiçar a minha curiosidade também, tal o zêlo e carinho daquele gesto.
Arrumou cuidadosamente o chapéu por sobre os cabelos brancos. Sorrindo perguntou:
- E o senhor, de onde vem?
- São Paulo
- São Paulo? É muito longe, não?
- Não muito, uns quatrocentos quilômetros até Bueno Brandão.
- Mas é uma boa caminhada até aqui, não?
- De certa forma. Mas é muito pouco, pelas belezas deste lugar.
Pequenos olhos brilharam por debaixo do velho panamá.
- E em São Paulo, planta-se arroz?
- Arroz?
- Sim, arroz
- Bem..., creio que sim. Respondi titubiante.
- Eu plantava arroz.
- Mesmo? ( Resposta-idiota-padrão-para-quando-não-sabemos-o-que-dizer )
- Durante 4 anos, até que vieram os passarinhos.
- ? ( Expressão-idiota-padrão-para-quando-não-sabemos-o-que-dizer )
- Aqueles, os marronzinhos, que comem sementes.
- ! ( Cara-de-total-idiota-padrão-para-quando-não-sabemos-o-que-dizer )
- E como eu tinha dó de matar aquelas criaturinhas, minha mulher e eu decidimos plantar amendoim. Não tenho raiva deles, viu. Eles são criaturas de Deus e tem uma missão aqui também. Como todos nós. O senhor gosta de amendoim?
- Adoro
- Pois bem, a minha mulher faz estes doces. Colocou a canina cesta no colo, ergueu a toalha, e como revelasse um tesouro, um ato de magia, o mundo perfurmou-se de cravo e canela. Surgiram os quitutes de amendoim, em pedaços grandes para quase não caberem na palma de uma mão. Dei razão para as teimosas abelhas...
- Hum... Parecem deliciosos, vou levar alguns.
- O senhor vai gostar e pode até levar para São Paulo. Pergunte para qualquer um da redondeza. São famosos por aqui.
- Tenho certeza.
- E quantos o senhor vai querer?
Hum...deixe-me ver: vou levar alguns, não apenas pelo farto produto, mas como retribuição à informação oferecida. E para ajudá-lo também, pois a vida por estas terras deve ser bastante difícil. Vida de roça. Como na "cidade grande" retribuição com estranhos traduz-se em gastar, dar gorjetas, caixinhas e cervejinhas, fiz as contas: pelo tamanho, calculei que levaria uns bons dias para comer dois pedaços. E de forma superior, fruto do meu profundo senso de justiça interno, eu resolvi levar...
- Quatro pedaços!
Do lado da cesta, ele retirou uma pilha de saquinhos de papel vegetal. Puxou um saquinho, e com a pinça e muita cerimônia, abriu-o com cuidado, para receber o importante conteúdo. Calmamente fechou-o e entregou-me, com o mesmo espírito de quem se despede de um amigo querido:
- Aqui estão senhor.
- Muito obrigado e isto é para o senhor Estendi-lhe uma nota de cinco reais. Quatro reais para os quatro fartos blocos caseiros e um real de gorjeta. Era justo.
Peguei o pacote e entreguei-o para os amigos que esperavam pelo meu retorno. Quando uma educada voz se ouve:
- Ei senhor! Por favor!
- Pois não?
- O senhor não tem trocado?
- Infelizmente não. Mas não se preocupe. O troco pode ficar com o senhor, pela gentileza.
- Mas não posso aceitar. Não é correto.
Engoli em seco. - Por quê ?
- Por que eu devo receber pelo que me é merecido, pelo meus doces. Cada pedaço custa 15 centavos. E eu deveria cobrar do senhor 60 centavos..
De repente, o meu coração encolheu e um profundo constrangimento tomou posse de tudo. Senti vergonha. Não, não era vergonha, era um vazio pela prepotência em assumir que o mundo resume-se à minha realidade urbana. Só saiu de minha boca um...
- Perdão, eu não queria...
- Não se preocupe. É que eu não tenho troco mesmo, sabe como é, por esta estrada não passa muita gente. Mas se o senhor tiver 50 centavos, não teríamos mais problemas, né?
- É. Aqui está. 50 centavos.
Paguei-lhe e com a alma pequena agradeci-lhe por tudo. Por tudo mais que recebi naquele instante. Muito além dos adoráveis doces daqueles montes mineiros. E ao partir, lembrei-me de algo importante. Abri o vidro, gritando: "Ei, senhor, como é seu o nome?". "Pedro! respondeu, enquanto repetia o elegante gesto com as curiosas abelhas".

Playing on my stereo:

TELEGRAMA
Zeca Baleiro - Pet Shop, Mundo Cão

...Mas ontem eu recebi um telegrama
era você de Aracaju, ou do Alabama
dizendo "nego, sinta-se feliz,
porque no mundo tem alguém que diz
que muito te ama, que tanto te ama
que muito te ama, que tanto, tanto te ama

Por isso hoje eu acordei com uma vontade danada
de mandar flores ao delegado
de bater na porta do vizinho e desejar bom-dia
de beijar o português da padaria (...)

[ Minhas Mulheres e Meus Homens, p. 233 - Mario Prata ]

TOQUINHO, compositor (São Paulo, 1971)

   Estamos nós dois no elevador do prédio dele, nos Jardins. Nós dois e um garotinho que acaba de entrar. Uns cinco anos. Mal alcançava o número 6. Apertou. Apertamos o 5.
   Ele mosta a língua para o garoto
   O garoto mostra a língua para ele.
   Ele mostra a língua para o garoto
   O garoto mostra a língua para ele.
   Estamos chegando no quinto. A última língua foi do garoto. Mas o Toquinho não admite perder. Nada e nunca. Na hora que saímos e a porta está quase fechada, na frestinha que sobra, ele mostra a língua, vitorioso e bate a porta.
   Mas, lá dentro, o garoto fica na ponta do pé, e pela janelinha, numa frança de segundo, mostra a língua.
   O Toquinho fica puto e sai correndo pela escada a toda. Chega no sexto andar junto com o elevador que se abre, mostra a língua para o garoto e volta correndo.
   - Ganhei, diz, ofegante e suado.

11.22.2002

Dialeto de faxinera

Acontece com todo mundo. Pode ser com um porteiro de prédio, faxineira, nossos amigos naquele estado breaco, paraguaios e argentinos, sem preconceito. Simplesmente não dá pra entender que língua o outro lado tá falando. Vejam abaixo do que eu tô falando. É hilário. Direto do blog da Paula,

aaae uunn!
Batata

PS: Vocês sabiam que, durante a facul, nós tivemos 3 empregadas, consecutivas, de nome Fátima? Será que é algum fetiche?

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Terça-feira, Novembro 12, 2002

A Camareira

Esqueci de contar, mas agora além de ser aprendiz de comediante eu moro num hotel. Éam. Tá bom, tá bom, é um apart-hotel. Mas tem todas aquelas coisas divertidas de hotel, começando pela camareira. Me mudei no domingo à tarde, então nosso primeiro embate foi só ontem. Eu estava calmamente escovando os dentes quando péeeeee, a campaínha. "Quem poderá ser?", "que merda será que eu já fiz?", e abri uma frestinha da porta. Dei de cara com uma pigméia de cabelo joão-machão. Mal-encarada, ela olhou pra mim e disse: "nhonhonhonho-limpá?" Eu disse: HEIN? "Que horas que eu posso voltá pra limpá?" Aaaaahn bom. "Bom, a senhora pode voltar daqui a uma hora mais ou menos". "Nho", e ela se foi.

Fui pro trabalho e, na hora do almoço, voltei pra receber o meu recém-adquirido colchão-americano-de-mola-igual-de-hotel-legal-de-quicar-em-cima. A cama ainda estava bagunçada, sinal de que a dona pigméia tinha cagado solenemente pra minha recomendação. Oquei. Abri a porta de casa e avistei sua bundinha gorda láaaa no final do corredor, no último apartamento. Andei até lá e disse: "oi dona camareira, a senhora ainda não arrumou o meu apartamento, néam?" "nhonhonhodaquiapouco", ela disse. "Daqui a pouco, é? Será que a senhora pode ir só daqui a uma meia hora? É que eu estou esperando chegar o colchão novo, daí a senhora já arrumava a cama direitinho..." Ela olhou pra mim com seus olhinhos miúdos fumegantes e disse: "NÃO! Não dá, eu vou agora porque daqui a pouco eu largo", virou as costas, ligou o aspirador de pó e ignorou a minha pissoa.

Enfiei o rabinho entre as pernas e voltei pro meu apartamento, seguida pela pigméia, que arrumou a cama ainda com o colchão de pedra, varreu aqui e ali e saiu andando. Cinco segundos depois chegou o colchão novo e eu tive que tirar a roupa de cama toda e arrumar tudo de novo. Pobre de mim.
Hoje foi a mesma coisa, eu mal tinha terminado de tirar as minhas remelas e péeeeeeee. Abri a porta de calcinha e camiseta, prela ver que eu tinha acabado de acordar mesmo. Ela ficou me encarando. "A senhora quer arrumar agora, né?", perguntei, crente que ela ia dizer nãaaao, deixa que eu volto mais tarde. "Pois é", ela disse. Então eu resolvi desafiá-la. "Então tá, entraê e arruma enquanto eu me arrumo pro trabalho." E não é que a pigméia escancarou a porta e entrou? Rá rá rá, gostei dela. Baixinha e invocada e corajosa. Resolvi terminar com a guerra e fazer contato. "Como é o nome da senhora?" "Nice" Depois disso, entrei no meu meninasimpatica-mode e só vou dizer que Dona Nice me levou pra conhecer o apartamento do namorado da Mila Moreira e o do "japonês do quinze" (whatever that means!), fez listinha de podrutos de limpeza que eu preciso comprar pra ela fazer faxina pesada no meu apê a trinta reau e ainda resolveu o meu principal problema: vai lavar e passar as minhas roupas a vinte reau. Porque eu também sei ser simpática, morô?

Rascunhado por Paula Foschia às 7:22 PM


Comentário #40 - Nov 14 2002, 12:03 am: A faxineira fanha

Oh guria, quando a faxineira pigméia não puder aparecer no serviço, manda um e-mail que te envio a minha faxineira fanha e vais ter mais assunto para o blog. Ela nao é de um fanho comum. Usa quase que só as vogais. Imagina a minha cara quando abri a porta pela primeira vez!! Só tinham me avisado que era gaga. Que nada! Ela adora o $reau e esta comigo ha duas copas do mundo e nunnnnnnnnnca faltou e nem mata os parentes. Vai junto um glossário e a tecla SAP
ona iina - sap rápido - Dona Cristina
o oor ar io - Doutor Marcio
o ins, o iiiinsssss (essa foi difícil pacas) o jeans
Ela também passa as nossas roupas e trabalha cantando
in oeu in oeu Já esta com o espírito natalino!!!
Agora vou lá votar.
Inté!

Cristina


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Sábado, Novembro 16, 2002

A Aiea Aaanha - ou - A Faxineira Fanha

Quanto mais louca eu e minha vida ficamos, mais loucos são os comentários e emails que eu recebo. Um dos mais sensacionais dos últimos tempos foi o da Cristina, que apareceu por aqui nos comentários do email sobre a minha camareira. Pra quem não leu, ela contou que tem uma faxineira fanha, que só fala as vogais. O comentário foi tão engraçado que a própria Cristina arrumou fãs e recebeu emails (eu já disse que ela tem que fazer um blog...) Conversa vai, conversa vem, depois da troca de alguns emails a Cristina me mandou mais informações sobre a tal faxineira, a Regina*. No email, um attachment bizarro: uma gravação de um monólogo da faxineira fanha. Leiam o email da Cristina:

"Pena que ela estava calma porque a voz fica boa...bom mesmo é quando esta afobada, aí é show...e ela nao esta nem aí...sem complexo!!!! Uma vez foi em um hotel..acho que devia ser apart hotel e o recepcionista chamou o interprete porque ele nao entendeu aquele idioma..isso ela conta as gargalhadas. Uma vez me pediu socorro porque queria fazer "resgastradamento" do iiiiiiiiquiiiiiiiii e o cara nunca entendeu que ela queria recadastrar o cic. Outro dia pedi que fosse comprar pasteis aqui perto, só que quem vende é uma japonesa que mal fala o português então providenciei uma listinha porque achei que nem uma ONG ia estabelecer a ponte entre as duas. Quando ela fala rapidíssimo eu sempre acho que estou assistindo a um filme do Tarzan..sabe aquela sonoplastia de macaquinhos ...oioioioioioioooiiiiii eu juro.... Nao pensem que sou só malvadinha, já tentei ajudar e uma outra patroa já tinha pago um curso com o inacreditável Simon Wajntraub, alias eu descobri que ela tinha sido aluna dele por acaso...um dia estava aqui trabalhando e toca o telefone, atendi e levei um susto DEUS ESTAVA FALANDO COMIGO Uma voz que só pode vir de outro plano....Levei um tempo até processar os dados da conversa. Era o tal, que eu já tinha visto no Jô Soares, querendo saber quanto eu cobrava para fazer um anuncio...nao deu em nada porque sinceramente eu nao conseguia levar a sério e no fundo "Deus" queria era comparar preços. A Regina ouvindo o papo me contou que já tinha sido aluna..Bem feito porque é a prova que ele nao cura todo mundo como afirma...Só que ela acha que ficou assim porque quando era bebe caiu do berço...agora me conta QUAL FAXINEIRA ESTRANHA NAO CAIU DO BERÇO??????"

Agora vocês estão morrendo de curiosidade pra ouvir a gravação da Regina, a faxineira fanha, certo? O que é que vocês me pedem chorando que eu não faço sorrindo? Querem rolar de rir? Apertem o cinto - e a tecla SAP, se tiverem - e cliquem aqui (NE: o arquivo tem 420k, mas muiito vale a pena) pra ter uma experiência inesquecível.

[*os nomes foram trocados para ooeeeer a iiiaiiiaaaeee ooos eoaaaeeens*]
Rascunhado por Paula Foschia às 10:46 AM
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Aniversário: 1 mês de vida para meu blog =)

Gostosão da Bala Chita



Lendo o blog da Paula, me animei com o assunto sobre as Balas Chitas (leia também os comentários!) e fiz uma breve pesquisa. Vejam este achado:

- Do blog Jogo da Vida, por WEBer:

Poucas pessoas sabem, mas a Bala Chita, apesar do nome, nada tem a ver com a macaca homônima do famoso seriado "Tarzan". A macaca que aparece nas embalagens, carinhosamente apelidada de Chita, fazia parte do programa espacial da NASA quando abandonou a carreira de astronauta e partiu para a vida de modelo. A bala fez um imenso sucesso nos Estados Unidos e em todo mundo ocidental a partir da década de 60, sucesso esse devido em grande parte ao antecedente profissional da macaca.

Tentando uma abordagem semelhante, uma estatal russa lançou uma bala muito parecida quanto ao sabor e textura e usou como modelo de suas embalagens a cadelinha Laika (morta durante a missão espacial na Sputnik 2, em 1957). Pouco conhecida no resto do mundo, a Bala Laika foi muito bem aceita pelos camaradas russos. Abaixo você tem uma imagem de uma das últimas balas produzidas pela estatal, que encerrou suas atividades em 1991, com a decadência do comunismo.



11.21.2002

Roteiros e scripts?

Tá procurando um roteiro ou script do filme favorito? A meca é o Drew's Script-O-Rama. Tem muita coisa. Já fiz download do script de Pulp Fiction e vários do seriado "The Wonder Years".

Calendário Pirelli 2003

Saiu o novo calendário. Vai lá conferir no MSN http://www.msn.com.br/pirelli2003/

11.19.2002

O Filho da Noiva [ El Hijo de la novia ]

Muito bom. Vale ver

[ Carta para alguém bem perto - p. 146-149 - Fernanda Young ]

Levanta da cama fazendo força e caretas. Empurra-se para o banheiro. Larga as roupas pelo chão, anda nua. Não olha o espelho da pia, fato raro. Abre as torneiras do boxe com dificuldade. Quando se enfia na água, fica feliz. Por ter reagido à preguiça gripada com a higiene profunda. Já que, além de tudo, está menstruada. E isso requer cuidados extras com a região vaginal e arredores. Passa o sabonete pelo corpo, já sentindo a saúde melhorar. Deixa que a água execute sua função restauradora; fica de cabeça baixa, como sempre costuma ficar, com a ducha batendo no alto da nuca. Assim, tem a visão da água que escorre dela e vai para o ralo. Gosta de ver água entrando em ralos. Principalmente quando ela está com os cabelos recém-pintados, soltando tinta, feito agora. Sujando a água com rastros negros. Gosta de imaginar que é realmente sujeira o que sai de sua cabeça. Seria bom se conseguisse limpar-se. A água, então, é suja de sangue. Vermelho. Vivo. Em coágulos. Ariana olha para os pedaços de si, a caminho do ralo, e pensa. Em como é grosseiro este desmoronamento íntimo. Uma carnificina. Cruel e periódica como um serial killer.

Repara uma coisa estranha, que vem ocorrendo há algumas menstruações. Antigamente, ela acordava com a calcinha manchada de sangue vermelhão, lindo. Como que falso. Nunca conseguia preparar-se adequadamente para a sanguinolência, pois suas regras não costumam ser cumpridas. Só enquanto tomava pílulas. E odeia esse constrangimento, de sujar os lençóis e edredons. Sim, todas as mulheres odeiam, mas as casadas odeiam pior. Pela falta de sentido naquilo tudo. Mas, nos últimos meses, esses amanheceres ensopados não acontecem mais - a menstruação avisa antes de chegar. Gentileza que não agrada Ariana nem um pouco; chega a sentir saudades do velho estilo entrão de sua inimiga. Porque, hoje, primeiro aparece uma umidade grossa. Ariana calcula as datas e sabe: é ela. Depois, essa umidade pastosa fica com um tom escuro. Prelúdio do sangue. Esquisito, meio marrom. Ela coloca o modess a tempo de ver brotar a golfada inicial, ainda espessa e sombria, embora finalmente com cara de menstruação. Só lá pelo terceiro dia desta saga obscura é que o sangue vem fluido, animal. E a vagina torna-se uma ferida viva. Parece a mordida de um tigre em um outro tigre. Espirrando sangue morno e primordial.

Fecha a torneira, pensando no próximo inconveniente deste período: as manchas nas toalhas. Desenvolveu, com o tempo, para enfrentar esse problema, uma tática simples: limpar-se com um bolo de papel higiênico logo antes de se secar. Procedimento que exige precisão e rapidez. Papel, vagina, lixo, toalha, vagina. Às vezes não é tão eficiente, e volta a sangrar no segundo que antecede o contato da toalha. Quando isso acontece, toma-se por um repentino cansaço; fica esgotada a ponto de chorar. Não é o que ocorre hoje. Hoje, Ariana conseguiu. Venceu a si mesma. Uma ela que ela não quer. Previsível, porém destra. Foi ela, essa Ariana dentro de Ariana, que é, na verdade, a biologia - se há ocasiões em que os pensamentos são os inimigos, noutras enfrentam-se os hormônios -, quem faz essas brincadeirinha. Quem engravidou. Quem foi mãe. Uma macacona protetora. Uma amante insaciável. Ela disputa com Ariana a guarda de sua existência. São, portanto, três. Ela, Ariana. Ela, o corpo. E ela, a mente. Todas conflituosas, possessivas. Todas pretendendo se impor à vida um pouco mais que as outras. Fazendo o todo instável. Forte, mas frágil. Sofredora e pacífica. Mulheres são assim: muitas. Brigando, sempre, para tomar delas mesmas o espaço que entendem ser negado a elas. As mulheres - inimigas das mulheres - são suas piores adversárias. Lutam até o fim para acabar consigo próprias. Uma titica, realmente.

Madonna falou, numa entrevista, que faz xixi nos pés quando ela está no chuveiro. Toda mulher faz xixi nos pés quando está no chuveiro. Madonna disse que xixi é bom para pé-de-atleta. Eis uma mulher que fala o que quer. Possivelmente, poucos homens sabiam que mulheres mijam nos pés até Madonna dizer, mesmo porque eles não precisam passar por esse tipo de constrangimento. Sendo o pau maleável, homens desviam o líquido expelido para outras trajetórias mais seguras. Na mulher, a urina desce pelas pernas e chega aos pés ainda morna. Homens têm nojo dessa idéia; jamais admitiriam dar uma mijada neles próprios. Homens e mulheres são tão diferentes. Graças a Deus.

11.18.2002

O Edward disse tudo:

"Guara e Jonas, fala a verdade. Acho que nunca e expressão "Segundona brava" fez tanto sentido... Diz ai." hahahah, segunda (brava), 18/Nov/02, um dia após o rebaixamento do Palmeirinhas.

E Araras vai ter um classicão: União S. João vs Palmeiras, ou ainda, em Sobral: Guarany de Sobral vs Palmeiras, que clássico!

Clique aqui para ver como anda o Campeonato Brasileito SÉRIE B

11.11.2002

Ô trem bão sô: pralêtudim

lidileite (litro de leite)
mastumate (massa de tomate)
dendapia (dentro da pia)
kidicarne (kilo de carne)
tradaporta (atrás da porta)
badacama (debaixo da cama)
pincumel (pinga com mel)
iscodidente (escova de dente)
nossinhora (nossa senhora)
pondions (ponto de ônibus)
denduforno (dentro do forno)
doidimais (doido demais)
tidiguerra (tiro de guerra)
dentifrisso (dentifricio)
ansdionti (antes de ontem)
sessetembro (sete de setembro)
sapassado (sábado passado)
oiuchero (olha o cheiro!)
pradaliberdade (praça da liberdade)
vidiperfumi (vidro de perfume)
oiprocevê (olha pra você ver!)
tissodaí (tira isso daí)
rugoiais (rua Goias)
onquié (onde que é?)
casopô (caixa de isopor)
quainahora (quase na hora)
strudia (outro dia)
E a melhor de todas:
pronostamuinu (para onde nos estamos indo?)

Encontrei aqui que achou aqui